sábado, 20 de março de 2010

Saravá!

Seção: Isso aconteceu!
É de conhecimento público que o nosso poetinha Vinícius de Moraes sempre se interessou pelo candomblé. Ao que parece, acabou transmitindo essa sua paixão a Baden Powell ao mostrar-lhe um disco que registrava cantos de candomblé, sambas de roda e solos de berimbau. É claro que essa nova paixão (agora compartilhada por ambos) não tardaria a produzir resultados férteis. E o solo fertilizado foi a música popular brasileira.
A canção Canto de Ossanha é a faixa de abertura do álbum Afro-Sambas (na grafia original), lançado pelo selo Forma em 1966. Logo, Canto de Ossanha, além de fundir a letra de um dos maiores poetas nacionais ao arranjo de nosso maior violonista, promoveu o sincretismo definitivo entre as religiões afro-brasileiras.
Para melhor compreensão da letra, deve-se esclarecer que Ossanha, de acordo com o candomblé, é um orixá (deus) detentor do poder das folhas medicinais e, portanto, imprescindível em qualquer ritual.
Abaixo, confere-se a versão de Canto de Ossanha originalmente gravada em 1966 e, em seguida, um encontro descontraído no qual se vê Vinícius de Moraes cantando e, ao seu lado, Baden Powell super à vontade ao violão.
Que resgate!





Fernando Sachetti.

Parônimos IV

Seção: Parecia confuso?
Lixar (raspar ou polir com lixa): Eu tenho que lixar minhas unhas toda semana.
Linchar (punir alguém sem consulta prévia à lei): A turma pegou a ladra e queria linchá-la.
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Absorver (embeber-se de, sorver): O ralo da pia absorveu todo aquele resto de comida.
Absolver (eximir alguém de uma culpa imputada): Após confirmada a inocência do réu, o juiz absolveu-o.
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Peão (indivíduo que trabalha no campo): Lembro-me que vários peões trabalhavam na fazenda de meu pai.
Pião (brinquedo de criança): Mamãe diz que brincava de pião na sua infância.
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Tráfego (movimento de carros): O tráfego de São Paulo por volta das 18 horas fica insuportável!
Tráfico (comércio ilegal): O que você tem a dizer sobre o tráfico de armas na cidade?
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Baixar (fazer download; copiar da Internet): Não compro CD original; prefiro baixar na Internet.
Abaixar (direcionar-se para baixo): Abaixa tua cabeça um pouquinho, por favor. Não consigo enxergar o quadro.
Fernando Sachetti.

Ciência, Ética e Sustentabilidade

Seção: Você pode saber mais!
Dos 4 bilhões de dólares que no momento se gastam com pesquisas pelo governo, indústrias e universidades, somente 150 milhões – menos de 4% - se destinam ao trabalho criativo. A maioria absoluta das pessoas envolvidas na pesquisa, além disso, deve trabalhar em pesquisas nas quais não possuem autonomia alguma, e somente uma fração insignificante está em condições de fazer trabalho independente. Das 600.000 pessoas engajadas em trabalho científico, calcula-se que não mais que 5.000 tenham a liberdade de escolher os seus próprios problemas. (p. 85)
(...)
Isso não significa que só terão lugar no mercado de trabalho futuro – por exemplo, nos próximos 25 anos – trabalhadores altamente qualificados. Não se trata disso. A sociedade moderna sempre se caracterizou pela convivência de mercados de natureza distina e níveis tecnológicos altamente diferenciados. Haverá, durante muito tempo, lugar para trabalhadores com baixa ou média qualificação. Na agricultura. Na construção civil. Nos serviços de limpeza e de manutenção. Entre outros. Mas os postos de trabalho de pouca qualificação serão cada vez em menor número, cada vez mais exigentes em escolaridade, a remuneração cada vez mais baixa, relativamente, e os direitos trabalhistas cada vez mais restritos, tendendo, simplesmente, a desaparecer em alguns lugares da Terra. Noutros, não haverá problemas, porque esses direitos nunca existiram. (p. 102)
trechos extraídos do livro Ciência, Ética e Sustentabilidade (organizador: Marcel Bursztyn; Cortez Editora, 2001).

"Blues da piedade", Cazuza

Seção: 2 mil é dez!
Agora eu vou cantar (...) pra quem vê a luz, mas não ilumina suas minicertezas.


pensamento de Gandhi

Seção: Pense.
Eu não quero que minha casa seja fechada com paredes por todos os lados, e que minhas janelas fiquem trancadas. Eu quero que as culturas de todos os lugares soprem sobre minha casa da forma mais livre possível. Mas eu também me recuso a ser carregado por qualquer uma delas.
(Gandhi)